natalia

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Queen of Hearts


Eu estava saindo do trabalho com dois colegas quando comentei sobre o novo DVD de Natal da Xuxa. "Ela tá usando um terninho branco. Um terninho branco!", repeti. "Quando ela descia de uma nave usando roupas excêntricas, as crianças se impressionavam. Mas agora ela é só uma senhora num terninho branco."
Meus colegas se entreolharam.
"Se pelo menos ainda tivesse o Dengue ou o Praga...", pensei alto.
"Você não devia dizer essas coisas, Natalia", um dos colegas me alertou. "Nunca se sabe quem pode estar ouvindo".
"Ah, qual é, gente?!", rebati. "Não é como se existisse um dispositivo que fosse ativado toda vez que alguém falasse mal da Xuxa", completei, olhando para a câmera de segurança da portaria.

CORTA PARA:
Sala de controle.
Alarme dispara e vemos uma luz vermelha piscando continuamente. No monitor, há um mapa com uma seta apontando uma localização específica.

Na manhã seguinte, eu estava abrindo a porta da redação com um copo de café em uma mão e a chave da sala na outra, quando me deparei com uma visita inusitada.
"Chegou aos meus ouvidos que você não gosta muito da minha roupa", a pessoa disse, girando a cadeira na minha direção.
Ainda com sono, tive uma certa dificuldade de assimilar que estava de frente pra Xuxa. Ela estava de óculos escuros, pernas cruzadas e vestia um terninho branco.
"E então? Você tem alguma ideia melhor pra me dar?", ela perguntou, tirando os óculos. "Tenho certeza de que você terá ótimas sugestões. Afinal, você é figurinista, né?"
"Na verdade, eu sou roteirista", corrigi.
"Eu sei". Ela disse, mordiscando a haste dos óculos. "Eu estava sendo sarcástica."
"Ah", soltei, constrangida. "Deve ter sido algum engano, eu nunca falaria mal de você."
"É mesmo?", perguntou, juntando as mãos sobre o queixo. "Então você não vai se importar se eu der uma olhada nas imagens de segurança do prédio...", disse, enquanto ligava o DVD.
"Mas agora ela é só uma senhora num terninho branco", eu dizia, na gravação.
"Essas imagens estão péssimas, você não pode provar que sou eu", aleguei, enquanto o vídeo prosseguia.
"...Você não devia dizer essas coisas, Natalia", dizia meu colega, na gravação, enquanto a Xuxa me encarava, impassível.
"Tá, ok, sou eu", confessei, sem aguentar a pressão. "O que eu posso fazer pra me redimir?"
Ela pausou o vídeo e se inclinou para frente. "Se ajoelhe e me chame de Rainha.”
Eu ri, a princípio. Depois percebi que ela não estava brincando.
"Quê?", perguntei, confirmando.
"Você ouviu. Se ajoelhe perante mim, súdita."
"Eu... tenho quase 1,80 de altura. Eu não sou exatamente seu público alvo."
Ela permaneceu impassível.
"Porque você é a Rainha dos Baixinhos e tal..." - tentei explicar.
"Você se acha engraçada, Natalia?"
Pensei por alguns segundos e concluí. "Não.”
"E então? Você vai ou não me aceitar como sua Rainha?"
"Eu não sei...", respondi, confusa. "Tudo bem se a resposta for não?"
Ela se afastou um pouco e respirou fundo, como se estivesse pensando no próximo passo. "Você acha que eu gosto de fazer isso? Você acha que eu queria estar aqui?", ela perguntou. "Eu tenho uma mansão com um lago. E um mini-zoológico. E um restaurante japonês”, ela encadeava. “Você gosta de Hot Philadelphia, Natalia?”
"Amm...sim.”
"É só dizer que eu sou sua Rainha e você poderá comer quantos Hot Philadelphias quiser.”
“Tentador...mas não, obrigada.”
“Isso não vai ficar assim", ela disse. “Eu tenho vinte e cinco anos de carreira. Não vai ser uma garotinha presunçosa que vai me desafiar.” Em seguida, levantou-se e andou até a porta. "Ninguém diz não à Rainha."
"Nossa, que baixo astral, Xuxa. Pensei que você fosse contra."
Ela ficou parada por alguns instantes.
"Sério? Você realmente trabalha com humor?", questionou. "Eu vou ligar pro seu chefe e perguntar se esse é o tipo de gente hilária que ele contrata."
Depois ela colocou os óculos escuros de volta e se foi.

Ainda naquele dia, coisas estranhas começaram a acontecer. Ao sair do trabalho, pedi para segurarem o elevador, mas ninguém se moveu enquanto a porta se fechava. Nenhum ônibus ou táxi parou pra mim. E quando eu fui comprar um cachorro-quente, o cara do carrinho disse que tinha acabado de vender o último – o que eu achei bastante estranho, porque todo mundo sabe que aqueles cachorros-quentes são infinitos.
Na manhã seguinte, entrei na internet e descobri que não tinha mais amigos no Orkut nem no Facebook. No meu Twitter, não havia restado sequer um seguidor. E, pra piorar, alguém tinha cortado meu telefone. Provavelmente porque eu não tinha pago a conta.
Foi aí que eu percebi que tudo fazia parte de uma conspiração para me banir da sociedade. Uma sociedade claramente regida pelo sistema monárquico. Eu havia rejeitado a Rainha. E isso implicava em consequências drásticas.
“Ela está tentando mostrar quem é que manda, mas eu não vou me render assim tão fácil”, disse aos meus colegas, que permaneceram em silêncio, me encarando como se eu fosse uma espécie de lunática. "Ela pode ser a Rainha, mas eu sou uma psicótica. Essa senhora de terninho branco não sabe com quem está lidando”, concluí, com olhar vidrado no horizonte.
“Natalia...”
“Sim?”, perguntei, ainda com o olhar vidrado no horizonte.
“Você andou bebendo?”
“Sim, mas essa não é a questão”, tentei explicar. “Nós estamos diante de uma conspiração. E se vocês não fizerem nada pra impedir, vocês serão cúmplices”, declarei, me dirigindo à rua, onde comecei a abordar estranhos e abrir seus olhos para aquela realidade cruel.
Foi quando um mendigo se aproximou e disse que precisava me contar uma coisa importante. Eu disse que estava sem trocado e mandei ele sair. Mas ele insistiu, então eu tirei algumas moedas do bolso, junto com um Trident que devia estar ali há semanas, e entreguei na mão dele.
“Eu não quero seu dinheiro, pode pegar de volta”, ele disse. “Só deixa o Trident que eu não escovo os dentes há dois meses.”
“O que você quer?”
“Você acha que eu sou só um mendigo, um vagabundo?”, perguntou. “Eu costumava ser jornalista. Era um jovem promissor. Até que um dia eu escrevi uma crítica negativa sobre ‘Lua de Cristal’ e, quando dei por mim, estava escovando os dentes com Trident velho...”
“Meu deus”, soltei, em choque. “Ela é um monstro”, completei. “Vocês ouviram o que esse mendigo nojento disse? Alguém precisa fazer alguma coisa!”
Foi nesse momento que um carro preto de vidro fumê parou na esquina e eu fui sequestrada por dois sujeitos estranhos que usavam meias para cobrir o rosto.
Eles me levaram até uma sala escura, me amarraram numa cadeira e ficaram tentando me assustar, fazendo vozes malucas.
“Escuta, eu sei que vocês são o Dengue e o Praga”, avisei.
“Droga!”, gritou Praga, tirando a meia. “Eu disse que a gente precisava de um disfarce melhor, mas nããão, só uma meia resolve, ela nuuunca vai nos reconhecer... ”
“Eu não disse meia. Eu disse óculos. Óculos. Igual ao Clark Kent”, explicou.
“Você é um idiota, Dengue.”
“Então, gente”, interrompi. “Alguém vai me dizer qual é a boa?”
“Qual é a boa?”, repetiu Praga. “Eu vou te dizer qual é a boa. A boa é você parar com esse motim contra a Rainha! Você não percebe que é inútil? Ninguém nunca foi nem nunca será capaz de tirá-la do trono”, ele completou, enquanto eu não pude conter o riso.
“Ela tá rindo da gente, Praga.”
“Desculpa”, disse, rindo ainda mais. “É que o jeito como você disse que ela não vai sair do trono...”
“Qual é a graça?”, perguntou Praga, intrigado.
“Você sabe... o trono....”, tentei falar, quase sem fôlego de tanto rir. “É como se ela estivesse com uma dor de barriga eterna...”
Os dois se entreolharam, sérios.
“Eu pensei que ela trabalhasse com comédia”, disse Dengue.
“Foi o que me disseram...”
“Ei, eu ouvi isso”, reclamei.
“Já chega, garota”, disse Praga, impaciente. “Se você prefere o caminho mais difícil, a gente vai te dar o caminho mais difícil”, avisou, enquanto ligava um telão. “Espero que você se divirta.”
E deu play:
"Cinco patinhos foram passear, além das montanhas para brincar. A mamãe gritou: quá, quá, quá, quá. Mas só quatro patinhos voltaram de lá..."
“Bom, essa é uma mãe bastante irresponsável”, afirmei.
“Vamos ver se você vai continuar tão espirituosa quando a gente voltar”, desafiou Praga. “Daqui a seis horas.”

CORTA PARA:
Seis horas depois.
“Cinco mil patinhos foram passear, além das montanhas para brincar. A mamãe gritou: quá, quá, quá, quá. Mas todos os patinhos tinham virado foie gras”, eu cantava, enquanto o Dengue e o Praga retornavam à sala.
“Estou vendo que você aprendeu a música direitinho”, disse o Praga. “E então? Pronta para aceitar a Rainha no seu coração?”
“Oitocentos milhões de patinhos foram passear...”
“Praga, eu acho que ela ficou aqui tempo demais. A gente fritou a cabeça dela!”
“Ela está blefando!”, o Praga acusou. “Chega dessa palhaçada! Responde de uma vez! A Xuxa é ou não é a sua Rainha?”
“Quá, quá, quá, quá”, respondi.
“Ah, é? Você quer jogar? Então vamos ver se a Jack Bauer vai resistir a mais seis horas de patinhos...”, Praga esbravejou, dirigindo-se à porta.
“Não, espera”, eu disse. “Eu desisto. Eu aceito a Xuxa como a minha rainha!”
Os dois sorriram, orgulhosos, e já estavam a ponto de me soltar da cadeira.
“NOT!”, completei, só de sacanagem.
“Ninguém nunca aguentou por tanto tempo, Praga. Não há mais o que fazer!”
“Idiotas”, disse a loira de terninho branco que adentrava a sala escura. “Deixem essa aí comigo, seus incompetentes”, ordenou, puxando uma cadeira para perto de mim e sentando-se como uma detetive durona, com o encosto virado para frente. “Como vai a minha baixinha preferida?”
“Eu não sou mais baixinha desde a primeira série.”
“Não seja boba. Pra mim você sempre será uma baixinha.”
“Como quiser, Xuxa...”
“Por que você não me chama de Xu?”, propôs. “Sabe, Natalia, eu conheço o seu tipo. Espichou rápido, era a mais alta da turma, desajeitada... excluída”, lançou, enquanto puxava um fio solto da manga do terninho branco. “Você queria ir ao Xou da Xuxa, mas ninguém nunca te levou. Você queria ser Paquita, mas não era loira, nem bonita, nem popular, não é mesmo, Natalia?”, ela disse, enquanto meus olhos se enchiam de lágrima. “E eu aposto que você colecionava os meus discos”.
“Eu tinha todos, Xuxa!”
“Xu.”
“Eu tinha todos, Xu!”, corrigi. “Mas quando eu fiz dez anos, meu padrasto jogou tudo fora. Ele disse que eu já estava grande demais pra gostar de você. E isso foi traumático”, expliquei, aos prantos.
“Pronto, pronto, vem cá”, ela disse, enquanto me abraçava e dava tapinhas nas minhas costas.
“Eu te amo, Xu. Você é a minha Rainha”, finalmente declarei.
“Gravou isso, Praga?”, ela perguntou, em tom sóbrio.
“Tá tudo aqui”, ele respondeu, mostrando o gravador.
“Ok, querida. Já deu, né? Chega de abraço. A Xuxa tem que ir embora”, disse, tentando se desvencilhar. “Vamos lá? Vamos soltar a Xuxa?”
Então eu soltei, contra a minha vontade. Mas antes mesmo que ela saísse, eu a chamei de volta.
“Xu, faz a pergunta”, pedi.
Ela parou e me olhou, sem entender. “Que pergunta?”
“Você sabe, a pergunta”, insisti, sorrindo.
Ao entender, ela revirou os olhos e soltou um suspiro entediado. “Quer mandar um beijo pra quem?”, perguntou, sem o menor entusiasmo.
“Pro meu pai, pra minha mãe e especialmente pra você, Xu!”, respondi, eufórica.
Depois ela se virou e foi embora, reclamando com o Dengue e o Praga. “Vinte e cinco anos e eles ainda me pedem a mesma coisa...”
“Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”, disse Praga. “A propósito, o que você vai fazer mais tarde?”
“Praga, desiste. Eu não vou sair com você...”

Por alguma razão, eles me esqueceram amarrada na cadeira com o telão ligado. Depois de alguns minutos com o menu inativo, o disco começou a rodar automaticamente. Levou mais seis horas para que alguém me encontrasse.


XUXA, antes de entrar pra Realeza. (Que Sera Sera - Doris Day)

20 comentários:

  1. Hahahahahahahahahaha, me acabei de rir!
    Você é fantástica, adoro seu blog.
    beijão

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  2. eu quase me mijei de tanto rir huahauhauahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauhuahuahuahauhauhauhauahuahauh

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  3. Cara, eu tenho ódio da Xuxa pq eu queria ser paquita, mas eu era enorme tb(tenho 1,75 desde sempre, essa é a sensação), e não era loira!

    Aí, pra piorar, meu pai chega em casa um dia (já separado de mamis) e me diz: É filha, eu deixei sua mãe porque estou saindo com a Xuxa.

    *Cataploft*
    Meu mundo caiu.
    Sim, eu acreditei. Até porque a besta do meu pai trabalhava na Globo. O trauma foi surreal.

    Aí eu conheci a Mara Maravilha e fui de táxi com a Angélica.
    Fomos felizes para sempre, amém!

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  4. To doido pra ler a continuação, onde você cantarola alguma música do Roberto Carlos e é levada pra Guantanamo por não ter pago direitos autorais. Fato que tem monarquias demais nesse Brasil1

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  5. morridiri!

    meu trauma com a xuxa foi real.
    eu a odiavaaa... ao contrário da minha mãe que era fã número um.
    daí a xuxa veio para Natal e minha mãe me levou obrigada ao show, me deixou num cerquinho e foi lá pra perto do palco.
    (6)
    poior,
    foi sério.


    hahahaha

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  6. Sim, a semelhança é incrível, com a diferença de que a Doris não costuma sequestrar baixinhos......

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  7. Sem palavras, ótemooo!!! Alguém merece a xuxa? Valha-me Deus, que sempre estudei de manhã, kkkk, era dominada pela mara maravilha. Na verdade, eu gostava mesmo dos desenhos animados... Daí, hoje 'adulta' digo que curto 'animação' e fica menos vexatório!!!

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  8. Agora fiquei imaginando que final você daria pra Caverna do Dragão, kkkkkkk. Avalie a possibilidade, vai...

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  9. Natalia, estou lendo todos os seus posts...meuuuu (sou paulista)....ilário!! Vc é muito inteligente...já disse aqui antes e digo agora novamente, sou igualzinha a vc...penso da mesma forma...Adoooro sua série e não vejo a hora da começar outra vez Macho Man...e cadê a entrevista no Jô??

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  10. Adorei!!!!Essa história seria muito engraçada em um episódio de Adorável Psicose!Parabéns Natalia!

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  11. WHAT????? Só eu não entendi nada? Tô me sentindo uma retardada agora. Mas, eu não ligo, AMO você, Natália!!!!!!!

    PS: Você é mesmo fã da Xuxa?
    ;)

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  12. WHAT????? Só eu não entendi nada? Tô me sentindo uma retardada agora. Mas, eu não ligo, AMO você, Natália!!!!!!!

    PS: Você é mesmo fã da Xuxa?
    ;)

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  13. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. isso aconteceu mesmo??

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  14. sendo de uma geração anterior, praticamente falando, tenho orgulho de dizer que tenho e sempre tive imunidade contra "aquela que não deve ser nomeada". o único X que tive em minha vida foi o dos Arquivos X, desse, sim, sou fã declarada, inclusive Fox Mulder foi um de meus namorados imaginários. pronto, falei. enfim, concordo que a lavagem cerebral foi pesada, mas tenho certeza de que isso não passou de um pesadelo horripilante que a Natalia teve. só isso. e o bom é que, se contar, não acontece...

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  15. Este comentário foi removido pelo autor.

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  16. QUEREMOS UM EPISÓDIO DE "ADORAVEL PSICOSE (A SERIE)" BASEADO NESSE POST.... COMPARTICIPAÇÃO DA XUXA OBVIAMENTE KKKK

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  17. Foi baseado em 1984, né? relembrei imediatamente do livro. Quando o personagem principal louva o Grande Irmão. :D Foda essa adaptação. kkk

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