natalia

terça-feira, 27 de julho de 2010

PROMO Adorável Psicose



Agradecimentos: Juliana Bach, Guga Chermont, Gustavo Nasr, Leo Ávila, Paula Scamparini, Mel Akerman, Ana Carolina Bento Ribeiro, Tony Muricy, Marinês Vieira, Chiquinho, Lourdes, Vanessa, Rodrigo Brazão, Rodrigo Andrade, Thiago Sacramento e Inácio Freitas. Além dos atores e atrizes, Juliana Guimarães, Leandro Goulart, André Locatelli, Vinicius Manne, Ricardo Conti, Beto Vandesteen, Marciah Luna, Daniel Jaimovich, Alessandra Jasbinschek, Kelly Coli, Raquel Aitken e dos amigos Pedro Carboni, Carol Martins, Diogo Cunha, Flora Fernandes, Debinha Pessanha, Lyana Peck e Flavio Izhaki.

Psicose TV




O que vocês acham de eu postar aqui um vídeo do Adorável Psicose?

domingo, 25 de julho de 2010

Rapidinhas da Psicótica


"Então o senhor vira na próxima direita e sobe até morrer", disse ao taxista, esquecendo que ele era um velhinho. "Quer dizer, o senhor sobe até o fim", merda, "o fim da rua, o fim da rua!", repetia, nervosa.
A minha sorte é que ele era meio surdo.
"Agora o senhor faz a volta que a rua não tem saída", avisei.
"É, minha filha", ele dizia, reflexivo, "o fim da rua chega pra todos."
Então eu me fingi de surda e fui embora, sem esperar o troco.

sábado, 24 de julho de 2010

Tudo o que você precisa saber sobre Moby Dick


Não sei o que acontece comigo, mas quando sou colocada (ou me sinto) em uma situação de teste - como primeiros encontros e entrevistas de emprego -, tendo a desenvolver uma espécie de amnésia seletiva que desencadeia uma terrível falta de habilidade de me expressar.
Uma vez estava em uma entrevista de emprego importante e me perguntaram se eu gostava de ler. Eu disse que sim, claro, óbvio, como não? A mulher sentada à minha fente não pareceu se impressionar com a minha resposta, e sorriu como quem pensa "até parece que você diria outra coisa." Depois perguntou qual fora o último livro que eu tinha lido.
Engoli no seco.
Não é que eu não leia livros. Eu leio livros. Vários livros.
Mas naquele momento, era como se uma câmera se aproximasse rapidamente até o meu rosto e eu pensasse "ai meu deus, eu nunca li nenhum livro na minha vida."
E comecei a me desesperar, dando um google no meu cérebro, percorrendo todos os cantos obscuros da memória até chegar a um título, o único que brilhava em neon no meio da minha massa cinzenta.
"Moby Dick", respondi, enfim.
O que seria ótimo, não fosse pelo fato de eu nunca ter lido Moby Dick.
"Ah, é maravilhoso", ela respondeu, agora sim abrindo aquele sorrisão, impressionada com a magnificência do meu intelecto.
"É um clássico, né", afirmei, segura daquela verdade inquestionável.
"É uma história linda", ela continuou.
Ok, vamos lá. Google mental: Moby Dick. Eu sei que Moby Dick é o nome de uma baleia. Uma baleia branca, o que torna "Free Willy" praticamente uma resposta das minorias oprimidas. Mas, enfim, isso não vem ao caso agora. Eu lembro de um pirata, um marujo, um lobo do mar; e ele tenta caçar Moby Dick. Ele tenta caçar Moby Dick até o fim da sua vida. É isso!
"Ele tenta caçar Moby Dick até o fim da sua vida", eu disse, emocionada.
E tudo acabaria aí, não fosse pela minha petulância.
"Todos nós temos as nossas baleias brancas pra caçar, não é mesmo?", insisti, testemunhando o sorriso da mulher se transformar em algo nebuloso. Foi só então que me dei conta de que ela era bem gorda. E branca.
"Quer dizer, é uma metáfora", tentei, em vão, consertar, ao que ela riscava algo em sua agenda. "Você riscou meu nome?"
"Não", ela respondeu, expressiva como uma parede. Uma grande parede. Branca.
Mas poderia ter sido pior. Eu poderia ter dito qualquer um do Paulo Coelho.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Da série: coisas que eu não gostaria de receber de um peguete


1 - Biscoitos Break-Up!

Sério mesmo. Se eu estivesse saindo com um cara há algum tempo e ele me aparecesse com esse biscoito, eu ficaria muito, mas muito paranoica. Como assim Break-Up? De todos os biscoitos disponíveis nas prateleiras do supermercado, por que ele escolheria justo esse? Qualquer pessoa normal pegaria um Bono ou um Trakinas. Eu, por exemplo, iria direto no Chocolícia.
Agora, se o sujeito, por livre e espontânea vontade, vai lá e me compra um Break-Up... é porque aí tem coisa.
E no momento em que ele virasse o pacote pra mim e perguntasse "quer?", aí sim eu teria certeza de que aquilo era um toque. Então eu responderia "quero", bem puta, e encheria a boca com uns três ou quatro ou cinco biscoitos Break-Up. Depois diria, ainda de boca cheia, que "pra sua informação eu já queria bem antes de você oferecer."

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Rapidinhas da Psicótica


Outro dia um amigo veio me dizer, todo cheio de certeza, que as mulheres não gostam de sexo. Ensaiei uma breve indignação, e depois pensei por alguns instantes.
"Não é que as mulheres não gostem de sexo", expliquei. "É que, assim como vocês, a gente não faz nada sem pensar na recompensa."
"Como assim?", ele perguntou, enquanto eu abria um enorme sorriso psicótico.
"Ah, você sabe. Os homens pagam de namoradinho pra conseguir sexo. E as mulheres fazem sexo pros homens pagarem de namoradinho. E assim a gente vai levando."

Why don't you do right?

Uma das minhas músicas preferidas, em três interpretações bem diferentes:


JESSICA RABBIT (AMY IRVING)


BENNY GOODMAN E PEGGY LEE


GRAMOPHONEDZIE

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O problema


É que eu sempre acho que sou a única que continua pensando sobre o assunto, enquanto os outros estão tomando champanhe e rindo para o alto, como magnatas na Riviera Francesa.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Facadinhas da Psicótica


I.
Entre a minha ami(g)dalite e o volume de trabalho que aumentou vertiginosamente nessas últimas semanas, quem sofreu foi o blog. Eu também poderia reclamar que a minha vida afetiva acabou sendo prejudicada, mas eu aprendi na escola que zero dividido por qualquer coisa dá zero.

II.
Assistindo outro dia à entrega de prêmios do Torpedão Campeão, eu não pude deixar de pensar no quão inconveniente seria receber um milhão de reais em barras de ouro. Tipo... sério? Legal, mas e o que eu faço com esta merda agora? Carrego até a minha casa? E quando eu for fazer compras? A moça do caixa vai me perguntar "dinheiro ou cartão, senhora?", aí eu vou lá e jogo uma barra de ouro em cima do balcão? Ou será que eu dou uma raspada na barra e guardo uns trocados em pó para as pequenas despesas?
Além dos prêmios em dinheiro, parece que também rolam uns carros e umas TVs de LCD. Fico me perguntando se esses também serão entregues em barras de ouro.

III.
Ando meio sem paciência pra gente chata. E quando isso acontece, eu tendo a ficar excessivamente sarcástica. Foi por isso que, no auge de uma discussão sobre Criança Esperança e solidariedade, eu soltei, sem pensar duas vezes: "Dane-se o próximo. Se ele fosse realmente próximo, eu saberia o nome dele"- declaração que só não causou mais polêmica e revolta do que a vez em que eu disse para outro grupo de chatos o que eu pensava sobre a Rene Russo. Quer dizer, Renato.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Honey, I'm home


Andei sumida, é verdade. Fiquei uns quatro dias de cama - e não do jeito bom.

Mas tô de volta! E aproveito para postar o link de uma entrevista que eu dei pro blog do Qype Brasil. Para ler, clique aqui.

Posts novos a qualquer momento, prometo.

Beijos a todos! (Agora sem germes!)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Regra de três


Strike um

Não importa o que as pessoas digam para você se sentir melhor; primeiros encontros são massacrantes.
Eu frequento esse evento há alguns anos e posso garantir que, apesar do tempo e da experiência, certas coisas nunca mudam. Sair com alguém pela primeira vez é como participar da Porta dos Desesperados; é tenso, aflitivo, e do nada pode sair uma aberração atrás você.
Pra mim, o processo de sofrimento se inicia quando o encontro é marcado e vai aumentando conforme o momento se aproxima. É tudo penoso. Nunca tenho o que vestir, meu cabelo não colabora, eu tô gorda, a bolsa não fica legal com o sapato, que merda, por que caralhos eu marquei isso? (Respira, respira.)
E aí eu chego no lugar me sentindo nojenta, toda nervosa e suada, em um conflito interno que me faz cogitar sair correndo e voltar pra casa - mas isso é para os fracos, então eu me recomponho e tento não pensar que posso estar com pizzas no sovaco.
Desse ponto em diante, é o festival da vergonha alheia. Duas pessoas estranhas que estão ali reunidas com o intuito de se pegar - mas como não podem admitir isso de cara, elas iniciam um questionário patético que inclui clássicos como "o que você faz?" ou "onde você estudou?"
Pode levar até duas horas até que as coisas finalmente se acalmem e comecem a ficar um pouco mais espontâneas. Quando isso acontece, há grandes chances do primeiro encontro engatar e ser bem sucedido. Quando não, tudo o que você precisa fazer é fingir prestar atenção no que a outra pessoa está dizendo, sorrir eventualmente e usar a primeira chance que tiver para simular uma dor de cabeça, um trabalho cedo no dia seguinte ou o fato de que você acabou de descobrir sua nova orientação sexual: cavalos.

Strike dois

Vamos supor que o primeiro encontro tenha sido ótimo. A conversa fluiu, vocês se divertiram, e o beijo foi excelente. Então vocês marcam o segundo e agora sim tudo vai ser melhor, não?
Claro que não.
Quando o primeiro encontro dá certo, as expectativas aumentam - ao contrário de quando você não espera nada e qualquer coisa é lucro. Agora vocês contam com algo, pelo menos, no mesmo nível - e é por isso que o segundo encontro é ainda mais massacrante que o primeiro.
O segundo encontro é a confirmação de uma hipótese, é a hora da verdade, especialmente se os dois acabaram bêbados da outra vez.
No segundo encontro os silêncios são bem piores do que no primeiro. Porque se antes você se indagava sobre o que o outro poderia estar pensando, agora você sabe. Os dois estão pensando exatamente a mesma coisa, como assim, por que hoje está tão ruim?
É triste, triste. Já tive segundos encontros lamentáveis, de frustração mútua e irreversível. Mas não sejamos pessimistas. Às vezes você pode se surpreender, e o que era para ser catastrófico acaba saindo melhor que a encomenda.

Strike três: dentro!

Ok. Passou o primeiro, passou o segundo, agora está tudo tranquilo, certo?
Errado.
O terceiro encontro é clássico, especialmente se você já liberou os tira-gostos do cardápio. Porque se tem uma coisa que eu aprendi nesses encontros é que existe uma regra bem clara no tocante ao... bem, ao tocante mesmo. É uma regra incutida no subconsciente masculino e, segundo ela, não se pode, de forma alguma, retroceder nas investidas. Em outras palavras, não se pode permitir certos avanços no segundo encontro e depois vetá-los no terceiro. É preciso seguir em frente, sempre adiante. Ou, no mínimo, manter o acesso às regiões já conquistadas.
É por isso que o terceiro encontro também é tenso. Porque ele marca o início das atividades rumo à efetiva devassa territorial - uma operação que, se não for bem realizada, pode arruinar todo o sucesso da campanha.

*
A regra de três é infalível. Se você sobreviver a essa maratona, pode ter certeza de que o pior já passou. A partir daí, é só relaxar e esperar a hora de quebrar a cara - então a gente volta a conversar.

sábado, 3 de julho de 2010

Old days

Às vezes eu sinto falta de quando era um pouco menos esperta e bem mais apaixonada.

 
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